Se pudesse abrir mão de alguma tecnologia na sua vida, qual seria?
Venho de uma época em que não havia internet. Pasmem, jovens com menos de 30!!
Usávamos telefones fixos, cartas e bilhetes escritos à mão. Quem diria, heim? Por pouco não usávamos fumaça, como os indígenas, ou a Pineal, como os seres de dimensões mais elevadas que a nossa.
Nos dias atuais, fico impressionada com a dependência que os jovens têm do smartphone. Não olham mais nos olhos presenciais de outra pessoa, apenas dão atenção à telinha de vidro que os afasta de alguém. As relações estão completamente impessoais e líquidas, como previu Baumann em sua análise da sociedade contemporânea. Lamentável que até um bom dia num elevador (quando este gesto presencial ocorre) é dividido com a telinha de vidro.
Lamento por essa turminha tecnológica que não conheceu o que é essência, alma, olho no olho, a oportunidade de sentir a emoção que exala dos olhos de outra pessoa, até num simples “bom dia num elevador”, sem ter noção de que este simples olhar pode transformar o dia dessa pessoa…
A tecnologia cria soluções que facilitam muito e, até mesmo, “aproxima” quem está longe. Mas quando as pessoas literalmente estiverem próximas, presencialmente, a tecnologia deve dar lugar à manifestação humana mais primordial das relações interpessoais, nas quais os sentidos e as percepções devem prevalecer.
Creio que muitos surtariam se por ao menos um dia, houvesse um blackout da internet…
É bom começar a se acostumar com essa ideia!!
DB

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